quarta-feira, 7 de março de 2012

A EDUCAÇÃO DOS JOVENS EM ESPARTA

   O Estado espartano obrigava os pais esparciatas a confiar seus filhos homens a partir de sete anos de idade a uma espécie de internato, para que fossem educados todos juntos sob a supervisão de instrutores muito severos. Os meninos eram, então, treinados nos exercícios físicos e militares e comiam e dormiam em alojamentos especiais. Mal aprendiam a ler e escrever, porque a finalidade da educação que recebiam era fortalecer o corpo, acostumá-lo a suportar fome e sede, calor e frio, castigos e pancadas sem manifestar o mínimo sinal de dor.

   Aos doze anos, os jovens passavam a dormir e a fazer as frugais refeições com os soldados. Caso a fome os levasse a roubar, o furto, além de não ser punido, era louvado como prova de astúcia e coragem. Aos vinte anos, os esparciatas eram incorporados ao exército. Obrigados a se casar para gerar filhos, somente aos trinta anos podiam morar nas próprias casas. Mas até os sessenta anos tinham de continuar os exercícios militares para estar prontos em caso de guerra.

   Também as meninas eram submetidas a uma educação muito rígida. A força física era considerada uma qualidade fundamental para gerar filhos sadios e robustos. Em particular, tinham de praticar com os meninos os treinamentos físicos e a aprender a reprimir os sentimentos e as aspirações pessoais.
(Bonifazi, Elio; Dellamonica, Umberto. Descobrindo a História. São Paulo: Editora Ática, 2002. P 83.)

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