Alguns
alunos sempre me questionam:
- Mas,
Taci, cravo e canela não eram especiarias vindas do Oriente?
- Sim,
mas havia aqui na América Portuguesa também.
Dessa
forma, resolvi colocar aqui um trecho de um dos mais conceituados historiadores
do Brasil, Caio Prado Júnior. Apesar de sua orientação marxista, hoje
criticada, é inegável o seu papel como pesquisador do “Brasil Colônia” sob a óptica
econômica:
“Encontraram os colonos na floresta amazônica um grande número de
gêneros naturais aproveitáveis e utilizáveis no comércio:o cravo, a canela, a
castanha, a salsaparrilha e sobretudo o cacau.Sem contar a madeira e produtos
abundantes do reino animal: destes últimos, são em particular a tartaruga, bem como os seus ovos,e o manacuru (peixe-boi) que servirão em escala comercial. Sem estas fontes de
riqueza, teria sido impossível ocupar o grande vale. Os colonos não o teriam
procurado, os missionários não encontrariam
base material de subsistência para manter seu trabalho de catequese dos
indígenas.”
(In: PRADO
JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Ed. Brasiliense,
1996. pg. 211)
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